Varar a noite trabalhando. A culpa é de quem?, por Mauro Letizia
No universo das empresas de comunicação, varar a noite trabalhando sempre foi um fato corriqueiro. Nas empresas de eventos é bem comum e necessário, e faz parte muitas vezes do momento da preparação e montagem. São ossos do ofício.
Podemos também passar a noite trabalhando investindo em algo que acreditamos e só nos resta esse horário para realizar essa tarefa de ir ao encontro da realização de um sonho. Uma noite em claro que vale muito a pena.
Mas o foco aqui neste post é o fato de vararmos a noite trabalhando para apagarmos um incêndio, imprevistos que podem ter infinitas origens, normalmente por falta de planejamento, ou por incompetência ou falta de comprometimento de um colega, e até mesmo do cliente.
Quando o problema tiver origem dentro de casa é mais fácil de resolver, melhorando processos, mudando estrutura e/ou adequando os colaboradores (capacitando ou até mesmo substituindo), evitando assim futuros imprevistos. Quando o problema tem origem no cliente a coisa complica. A empresa que segue a velha, ultrapassada e incondicional expressão “o cliente sempre tem razão” vai morrer. A relação cliente-agência tem alicerce no respeito mútuo, e o respeito é um sentimento conquistado e reforçado diariamente com competência e comprometimento no trabalho.
Não pode haver exageros de nenhum lado, todos precisam entender quem é quem na relação e o papel de cada um. Existe uma frase muito sábia e verdadeira que diz: “Se a agência não faz o que o cliente quer e precisa, ela morre. Se ela fizer tudo que o cliente quer, sem questionar, ela morre antes”.
Atualmente todas as ações de comunicação podem ser automatizadas e mensuradas e, com todo esse controle e dados na mão, o planejamento se torna muito mais preciso e a previsibilidade bem mais certeira. Quanto mais rigorosos formos, serão menos os imprevistos e melhores os resultados. Assim, todos fincam satisfeitos.
E tudo isso em horário comercial.