As marcas com as quais os consumidores mais se envolvem

Nessa era em que a experiência de marca faz toda a diferença para o consumidor se decidir por A ou B e, mais importante, voltar a comprar produtos ou serviço de A ou B, conhecer o que o consumidor pensa sobre elas é importante. Por isso, é bem oportuna, mais uma vez, a publicação Estadão Marcas, parceria do jornal com a Troiano Branding, que sai pelo quinto ano consecutivo e mostra as marcas com as quais o consumidor tem ou demonstra mais envolvimento.

De acordo com o estudo, “envolvimento não é um indicador direto de market share nem de valor econômico, mas revela uma sinalização de interesse potencial pela marca”. Foram mais de 12,1 mil entrevistas realizadas em todo o País. Envolvimento, segundo a publicação que analisou 32 categoriais dos mais variados segmentos, está diretamente relacionado com lealdade. A pesquisa foi feita com 3,4 mil consumidores do Estado de São Paulo, 1,6 mil nos demais estados da região Sudeste, 2,9 mil no Nordeste, 1,7 mil no Centro-Oeste e 2,3 mil na região Sul.

O levantamento mostra alguns dados interessantes. Um deles revela que 5% da população frequenta academias de ginástica – as três primeiras posições do ranking são Runner, Smart Fit e Bio Ritmo. Considerando-se que a população brasileira, estimada pelo IBGE, é de 209 milhões de habitantes, o número chega a impressionar.

Já o setor de alimentos industrializados – as três empresas mais lembradas foram Nestlè, Sadia e Perdigão – mantém a previsão de gerar até 3% mais empregos do que no ano passado. Nespresso, Dolce Gusto e Três Corações são as marcas de cápsulas de bebidas com as quais os brasileiros têm mais envolvimento. O estudo revela que 600 mil sacas de café são vendidas dentro destas cápsulas por ano.

No setor cervejeiro – que responde por 1,6% do PIB nacional e 14% da indústria brasileira de transformação – foram mais lembradas as marcas Heineken, Skol e Brahma. Responsáveis por transportar, no ano passado, 103 milhões de passageiros no Brasil – aumento de 4,1% – as companhias aéreas com as quais os brasileiros têm maior envolvimento são Azul, Gol, Latam/American Airlines.

As grifes de luxo mais lembradas pelos consumidores brasileiros foram Chanel, Dolce & Gabanna e Giorgio Armani. Em todo o mundo, o setor vendeu 1,2 trilhão de euros no ano passado. Outro setor para o qual não há crise econômica é o comércio eletrônico, que registrou crescimento de 12% em 2018, com faturamento de mais de R$ 52 bilhões, segundo levantamento do Ebit/Nielsen. As empresas mais lembradas neste segmento foram Magazine Luiza, Americanas.com e Submarino.

Mas, a questão que se impõe é: O que essas marcas têm de tão especial, fazem de tão diferente para atrair e envolver seus consumidores? A resposta está no próprio estudo, que identificou, em entrevistas com representantes das empresas que lideram esse ranking, estratégias de atuação, como “conhecer cada vez mais o seu público e fazer com que o cliente tenha uma grande experiência ao consumir um produto ou serviço”. E também “a busca por um relacionamento mais íntimo e instantâneo com seus públicos”.

Para isso, hoje, existe o marketing digital, uma boa forma, de acordo com a publicação, de “estar na cabeça do consumidor”. As ações digitais, “desde que sejam usadas com critério e cautela, são uma das ferramentas que mais ajudam as empresas a vender suas experiências aos clientes”. O grande problema, continua o estudo, “é não exagerar muito na dose”. E complementa: “a linha entre o sucesso e o fracasso do marketing digital é bastante tênue. Os excessos costumam ter efeito contrário e gerar uma experiência negativa”.

É o que costuma acontecer comigo: http://poderdoconteudo.com.br/cansei-desse-assedio-digital-das-empresas/