O executivo e a comunicação

Antes de começar, um alerta: isso é pura ficção e qualquer semelhança com pessoas não terá passado de mera coincidência. Isto posto, vamos à história, que é o que interessa.

Era uma vez um executivo. Um jovem executivo. Ele dirigia uma empresa com grande potencial de expansão. O que dá para dizer sobre ele é que é um típico representante da Geração Y ou Millenials. Tem uma enorme habilidade com tecnologia, grande foco na inovação e no aprendizado. É um trator, tem uma grande capacidade de trabalho. Mas, não dá para negar que é extremamente individualista e autônomo. A arrogância está lá, o tempo todo, às vezes mais visível, às vezes menos aparente. Sempre pronta para dar o bote.

São essas características que levam à questão da comunicação. Ou melhor, da falta dela. O que, na empresa, com os colegas e parceiros de trabalho, se torna um desastre, para dizer o mínimo. A falta de feedback é complicada, pois deixa as pessoas no ar, sem saber se estão fazendo certo ou fazendo errado.

No caso de parceiros que foram levados a isso por um trabalho comum – devidamente dividido, porque um faz uma parte, o outro faz a outra parte -, a falta de comunicação e de feedback é um bocado séria. Imagine o que acontece se esse tipo de executivo não dá informação sobre o que está fazendo, sobre o que pretende fazer, nada, absolutamente nada? Quando é questionado – uma dúvida legítima, importante, que tem impacto no desenvolvimento do trabalho – parte para o ataque, para a ironia. Quase como se dissesse: “Você não o direito de questionar minhas decisões”.

Quando alguém pede a esse profissional uma mudança, uma inclusão, qualquer coisa que altere o que ele fez, a resposta pode ser um silêncio total e absoluto, ensurdecedor! Mas, não é só sem resposta que se fica. Nada é feito.

Essas atitudes só podem levar a crer que a parceria com esse tipo de executivo só se dará se for de uma única via: a dele para o outro. Jamais de duas mãos. Isso, claro, não é parceria.

Não é, mas precisa ser porque o trabalho exige assim. Então só resta a quem é parceiro de executivos como esse de nossa história respirar fundo e buscar um caminho para lidar com isso. Afinal, todos temos características negativas e positivas. O negócio, se você, por exemplo, é um baby boomer, é tentar entender que os millenials são como são e a soma de ambos os talentos só vai tornar o trabalho ainda melhor. É fato!