Os robôs vão acabar com o seu emprego?, por Beth Guaraldo

Essa é a pergunta que vale um dinheirão.Afinal, os robôs e a inteligência artificial vão mesmo acabar com os empregos?A resposta é sim e não. Algumas profissões vão, certamente, deixar de existir. E outras serão criadas. Tudo resultado da tecnologia.

Se você quer vislumbrar o futuro, acesseo site Will Robots Take My Job (https://willrobotstakemyjob.com/) e descubra quais as chances de o seu emprego continuar a ser realizado por seres humanos. Há até um ranking dos trabalhos que sofrerão maior impacto com a tecnologia. Os gerentes de remuneração e benefícios estão no topo da lista –96% de risco de automação. Estão condenados, segundo o site, bem como os operadores de reatores de energia nuclear, cujo risco de automação é de 95%. Os assessores financeiros pessoais fecham a lista com 58%.

Mas, nem tudo são más notícias. O Relatóriode Desenvolvimento Global 2019: A Natureza Mutável do Trabalho (http://www.worldbank.org/en/publication/wdr2019),preparado pelo Banco Mundial e divulgado no mês passado, destaca que a tecnologia traz oportunidades, “abrindo caminho para criar empregos, aumentar a produtividade e melhorar a prestação de serviços públicos”.

O estudo informa ainda que as criançasde hoje vão trabalhar em setores e ocupações que ainda não existem. O Banco Mundial preconiza a necessidade de “dotar os jovens de aptidão para resolverproblemas, exercer julgamento crítico e desenvolver competências interpessoais como a empatia e espírito de colaboração”, atributos que serão usados por todos,independentemente da ocupação que escolherem.

Para isso, a instituição apresenta três soluções aos governos:

  • Investir em capital humano,especialmente grupos desfavorecidos, e na educação infantil, para desenvolveras novas habilidades com alta demanda no mercado de trabalho, como as cognitivas e socioambientais de alto nível;
  • Aumentar a proteção social para garantir cobertura universal e proteção que não dependa totalmente do emprego formal assalariado;
  • Aumentar a mobilização de receitas,modernizando os sistemas de tributação, quando necessário, para poder financiar o desenvolvimento do capital humano e a proteção social

Na mesma linha, um estudo do McKinsey Global Institute, de novembro de 2017, afirma que 800 milhões de pessoas, em todo o mundo, ficarão desempregadas até 2030. Desse total, 14% terão de encontrar novas profissões, porque algumas delas desaparecerão ou precisarão de muito menos gente.

Então o negócio é ficar de olho e se preparar para o futuro, que está logo aí.