Comida mediterrânea: melhor forma de enfrentar o verão, por Marco Antonio Catai
Verão começando, calorão, sol de rachar!!! Nesses dias quentes, o melhor para enfrentar o dia-a-dia com um mínimo de desconforto é tomar muito líquido e ter uma alimentação adequada. Para isso, nada melhor do que adotar uma dieta mediterrânea, leve e saudável, que ajuda a manter a forma e proteger a saúde.
Declarada patrimônio imaterial pela Unesco em 2013, a culinária mediterrânea tem suas bases no azeite, peixes, frutos do mar, hortaliças e legumes, frutas frescas e secas, ervas aromáticas, grãos e cereais, iogurtes, queijos e vinhos.
A comida do Mediterrâneo é uma mistura de sabores seculares, contada por meio de uma tumultuada e rica história de conquistas, comércio e ocupações que envolveu gregos, fenícios, egípcios, cartagineses, persas e romanos, que no decorrer dos anos dominaram a região.
Essa troca de cultura que também incluiu a culinária permite, por exemplo, que em Córdoba, na Espanha, coma-se as famosas Berenjenas Califales, ou Berinjelas à moda do Califa, levadas para lá, diz a tradição, pelo califa Abderraman III, que governou entre os anos de 929 a 961, durante a dominação moura na Península Ibérica. Verdadeira ou não essa versão, o fato é que elas são uma iguaria realmente digna dos califas (finas fatias de berinjela envoltas em suave massa temperada, fritas e servidas com redução de vinho doce).
Do outro lado do Mediterrâneo, na Grécia, a berinjela, originária da Índia e introduzida pelos mouros, é o principal ingrediente do prato mais tradicional das cozinhas gregas: o mussaka, espécie de lasanha com carne de cordeiro e molho bechamel, além de especiarias, combinadas com as mais variadas saladas que não podem faltar nas mesas locais.
Desse intercâmbio de ingredientes, associados aos costumes de cada país banhado pelo Mediterrâneo, nasceu a culinária mundialmente conhecida como a mais saudável que existe. A França, por exemplo, produz alguns dos melhores vinhos e queijos do mundo, especialidades também oferecidas pela Itália.
Em Marselha nasceu o prato mais típico da gastronomia francesa da região da Provença: a Bouillabaisse, um cozido de peixes, frutos do mar, vegetais e ervas que é uma explosão de sabores na boca. Já Gênova se orgulha do famoso molho pesto, feito com manjericão certificado na origem e que perfuma os mais diversos tipos de massas.
Os benefícios? Peixes têm ômega 3, que diminui os riscos de doenças cardiovasculares, reduz a pressão arterial e tem ação anti-inflamatória. O vinho, consumido moderadamente, é rico em polifenóis e resveratrol, que ajudam a combater o colesterol, doenças cardíacas e outros males. O azeite, base da culinária mediterrânea, ajuda no aumento do colesterol bom. Além disso tem altos níveis de antioxidantes, que combatem os radicais livres e previnem o envelhecimento precoce. As oleaginosas são fontes de vitamina E, minerais, selênio e gorduras saudáveis. Os laticínios, em especial iogurtes e queijos, oferecem cálcio para os ossos, e os cereais e grãos integrais ajudam na digestão e são fontes de energia.
Já deu para perceber que tudo da comida mediterrânea faz bem à saúde e ajuda a enfrentar o calor do verão. Então, bora experimentar!!!