Investimentos em cenário econômico otimista, por Beth Guaraldo

Janeiro acabou com altas sucessivas da Bolsa de Valores, que ultrapassou os 97 mil pontos no pregão de ontem, além de quedas do dólar. O mercado está otimista e animado, segundo os analistas. E isso em razão do fim da recessão, do crescimento, ainda que bem modesto, da economia, redução do desemprego, queda no endividamento das famílias e das empresas e da retomada do crédito. A confiança está em alta e há sinais de que os investimentos internos e externos podem aumentar.

Então, diante deste cenário positivo – sua continuidade depende, claro, do ajuste fiscal e da aprovação das reformas, entre as quais a da previdência – no que investir? E mais, como devem ser compostas as carteiras dos diferentes tipos de investidores.

Essas perguntas foram feitas a Gabriel Lopes, portfolio manager do Andbank, banco europeu especializado em gestão de patrimônio. Ele informou que os fundos multimercados continuam sendo uma boa alternativa de investimento, ao lado da renda fixa pós e pré-fixada e da renda variável, já que, em cenários otimistas, as ações representam bons ativos.

Lopes também ‘desenhou’ uma carteira para os diferentes investidores, cujo perfil é estabelecido, entre outros fatores, pelo grau de tolerância ao risco. Assim, o conservador – definido como aquele que busca segurança – deve dar preferência, segundo o executivo, a dividir sua carteira em renda fixa (70%) e fundos multimercados (os restantes 30%).

Já os perfis moderados – também exigem segurança, mas estão dispostos a arriscar um pouco mais – podem incluir em sua carteira a renda fixa (50%), os fundos multimercados (45%) e renda variável – ações (5%).

Por fim, para os investidores arrojados – os que estão dispostos a assumir riscos de perder parte ou o total de seu capital – Lopes recomenda uma carteira composta por renda fixa (30%), fundos multimercados (60%) e 10% na bolsa de valores (renda variável).