Robôs: braços ou cabeça?, por Mauro Letizia

Desde a invenção da roda, o homem sempre criou soluções para ajudá-lo em suas tarefas, e elas adotavam a tecnologia existente em cada época, explorando a força animal, o vapor, os combustíveis, a eletricidade, a radioatividade, de forma mecânica, elétrica, eletrônica e computacional, automatizando atividades que melhoram a produção.

A automatização, ou automação, nos remete aos robôs, personagens que nos auxiliam em nossas tarefas do dia a dia. Muitos deles foram eternizados como heróis ou vilões em histórias de ficção científica que, na maioria das vezes, apresentam um futuro sombrio. A série Black Mirror (Netflix), os filmes Blade Runner (1982 e 2017) e a saga O Exterminador do Futuro (seis filmes, de 1984 a 2019) são uma boa prova disso. E como não-ficção, dois documentários na Netflix nos esclarecem muito sobre o que se passa nos bastidores das redes sociais: O Dilema das Redes e Privacidade Hackeada.

Os algoritmos e os padrões de comportamento formam, juntos, o conhecimento de ocorrências preditivas, que criam rotinas de soluções largamente oferecidas para promover produtos, serviços ou conteúdo. As ofertas chegam ao consumidor como se fossem taylor made e isso é fruto da coleta de informações do comportamento do usuário. Temos robôs em todos os canais de contato nos quais o consumidor está: nas URAs de atendimento, nas análises das jornadas de compra, nas mensagens divulgadas pela mídia de performance, nos chatbots, nos algoritmos de conteúdo nas redes sociais baseados em nossas interações pessoais, na tecnologia de localização dos nossos smartphones… e tudo para tornar os consumidores cada vez mais previsíveis.

E todas essas ferramentas estão ao nosso dispor para utilizarmos, tanto para o bem como para o mal. Podemos automatizar as atividades rotineiras, ter um aprendizado sobre padrões de comportamento por meio da inteligência artificial e oferecer uma boa experiência aos usuários e consumidores, mas o diferencial criativo e impactante nas estratégias ainda depende das cabeças pensantes dos profissionais de comunicação, marketing e tecnologia.

Os robôs? Os robôs são nossos braços.

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