Sobre vacinas e sua importância no combate a doenças
O médico e cientista Edward Jenner é o criador da vacina. De acordo com o site Brasil Escola, o inglês nascido em 1749 estudou a varíola durante 20 anos. Em 1796, depois de realizar várias experiências descobriu a vacina e, dois anos mais tarde, escreveu um trabalho – Um inquérito sobre as causas e os efeitos da vacina da varíola –, que alterou totalmente o conceito de prevenção de doenças.
De acordo com a Fiocruz, há registros ainda mais antigos sobre as vacinas. Os primeiros usos teriam ocorrido no século 10, na China, com a introdução de versões atenuadas do vírus da varíola no corpo das pessoas. A história registra que as cascas das feridas da doença eram trituradas e sopradas sobre o rosto dos chineses.
A utilização da palavra vacina foi sugerida pelo cientista francês Louis Pasteur, em 1881, para batizar a substância que havia criado para combater a cólera aviária e o carbúnculo. Era uma homenagem a Jenner.
Mas, existe uma grande corrente de pessoas contrárias às vacinas, inclusive no Brasil. E isso não é um episódio recente, ocorreu em 1904, quando o Estado lançou uma campanha obrigatória de vacinação contra a varíola. A questão, segundo a história, foi a forma como tudo foi feito. Sem informação correta à população, agentes de saúde invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força, o que acabou provocando uma enorme reação popular, que ficou conhecida como a Revolta da Vacina.
Hoje, os críticos desse método de combate a doenças usam como argumento que a obrigatoriedade da vacinação contraria as liberdades individuais e também que as substâncias presentes poderiam dar origem a vírus e bactérias mais resistentes do que as que se pretende combater.
De acordo com o site do cancerologista Drauzio Varella, o movimento contra a vacina ficou ainda mais forte em 1998, quando a revista Lancet publicou um artigo do médico inglês Andrew Wakefield, que associou o aumento do número de crianças com autismo à vacina tríplice viral – contra sarampo, rubéola e caxumba. Anos depois, descobriu-se que a história não era bem assim e que, na verdade, o médico recebia pagamento de advogados em processos de compensação por danos provocados pelas vacinas. A revista se retratou, mas os danos estavam feitos.
O problema é que a desinformação sobre o assunto tem sido responsável por um aumento de doenças, perfeitamente evitáveis com a vacina. Um bom exemplo disso é o surto de sarampo pelo qual o Estado de São Paulo passa no momento. Já foram contabilizados centenas de pessoas infectadas pela doença e a epidemia é global.
Uma matéria publicada no UOL, no final de junho, revela que a Organização Mundial da Saúde identificou surtos de sarampo em 170 países desde 2017. No ano passado, os registros da doença triplicaram na Europa, de onde chegou o vírus que atinge o Estado de São Paulo agora.
O sarampo se espalha rapidamente, pois a contaminação se dá de pessoa para pessoa, como informa a Fiocruz, por meio de tosse, espirro, fala ou respiração. Inicialmente, os sintomas são febre, tosse persistente, irritação ocular, coriza, congestão nasal e mal estar. Depois disso, aparecem as manchas avermelhadas no rosto, que avançam em direção aos pés. A doença é grave, pode evoluir para pneumonia e até levar à morte. A única maneira de evitar o sarampo é pela vacinação.