Pessoas tóxicas: como reconhecer, por Beth Guaraldo

Pessoas tóxicas são fáceis de identificar e, infelizmente, também de encontrar. Elas parecem ser dominadas pela negatividade e estão por toda parte: em casa, na escola, na faculdade, no trabalho, na roda de amigos… Conhece alguém assim?

Um dos tipos de pessoa tóxica é a que vive reclamando e que, por isso, esgota a energia de quem convive com ela, como destaquei, no dia 1º de março, no artigo Reclamar para quê?. Mas, de acordo com especialistas, há muitos outros tipos tóxicos, como é o caso dos arrogantes. Não é fácil conviver com gente que acha que sabe tudo, que é superior aos outros e que sempre encontra um jeito de desmerecer ou diminuir uma conquista – que não seja a própria, claro.  

E o que dizer das pessoas que são sempre vítimas, sempre têm um problema que, claro, nunca é responsabilidade delas? Ou que se queixam de tudo e de todos constantemente? Um comportamento bem parecido é o de gente negativa, que só vê o lado pior das pessoas e das coisas, está sempre ressentida, desconfiada de tudo e de todos.

Outro tipo particularmente difícil de lidar são os controladores que, inseguros, sempre dizem aos outros o que fazer e como fazer as coisas, mesmo que elas não entendam nada.

Invejosos e mentirosos me assustam, pois é muito difícil saber o que, exatamente, essas pessoas sentem, pensam, se seu agir é natural ou premeditado. E os julgadores, que adoram dar opinião sobre os outros, analisar seu comportamento, sua atitude com o único objetivo de criticar. A esse grupo, acrescento os fofoqueiros e as pessoas sem caráter. Os primeiros porque não se importam de falar e passar para a frente qualquer informação de que tomam conhecimento, sem sequer procurar saber se é verdade ou não – isso me lembra bastante das fake news. As segundas, porque não dá para lidar com gente desonesta, sem integridade, que não se importa de manipular ou trair os outros.

Imagino que quem chegou até aqui possivelmente já identificou alguma pessoa tóxica com quem convive ou conviveu. Lidar com elas não é uma tarefa simples, exige uma enorme dose de racionalidade, equilíbrio, muita, mas muita paciência e um saudável distanciamento. Em alguns casos, a solução será abrir mão do relacionamento, afastar-se de vez, por mais difícil que seja.