Sobre buracos, novamente, por Beth Guaraldo

A Prefeitura anunciou na quarta-feira que vai triplicar o orçamento municipal para zeladoria urbana e que uma das obras prioritárias será a de tapar os 38 mil buracos mapeados pela Secretaria das Subprefeituras. De acordo com informações divulgadas pela imprensa, o serviço deverá estar concluído em até 40 dias.

Difícil acreditar. No dia 11 de janeiro, neste blog, escrevi sobre uma calçada aqui perto, na rua Pamplona, entre as alamedas Itu e Jaú, que tem um buraco enorme, resultado da retirada, pela Prefeitura, de uma árvore. Nada mudou nestes quase três meses. O passeio continua sem piso, a sujeira se acumula e quando chove fica bem difícil atravessá-lo.

Dez dias mais tarde, em outro post, comentei sobre o estado do piso do Parque Trianon, na avenida Paulista. Tombado pelo patrimônio histórico, o chão é de pedras portuguesas, mas está bem esburacado. Acostumada a caminhar lá quase todas as manhãs, noto que os buracos continuam. Entendo que talvez a época de chuvas pudesse ter sido um impedimento para o conserto, já que a água acaba lavando a areia ou terra na qual as pedras se assentam. Mas, já estamos no outono e não chove tanto assim. Portanto, espera-se que os funcionários do Parque aproveitem a estiagem para zerar os buracos, a exemplo do que a Prefeitura está prometendo.

Quando ao primeiro buraco, imagino que não esteja na lista preparada pela Secretária, até porque não é na rua. Sabe-se que os passeio públicos são de responsabilidade dos proprietários das casas ou do condomínio. Mas, sabe-se também que quem quebra é quem conserta. E, neste caso específico, como se tratou de uma remoção de árvore, que só pode ser feita pela Prefeitura, cabe a ela fazer o conserto. Aguardemos!