Não é à toa…

Recentemente, uma empresa que fornece mailings de imprensa para agências e departamentos de comunicação colocou, inadvertidamente, meu nome e meu email em listas de algumas editorias. Aí comecei a receber mensagens com releases e sugestões de pauta. Sem entender nada, fui checar no mailing e, realmente, minhas informações estavam lá. Daí liguei para a empresa que se comprometeu a retirar os dados imediatamente, não sem antes dizer que estranhava o fato de eu já estar recebendo esses emails, porque, em média, isso costumava demorar cerca de duas horas após o cadastro.

Lembrei disso porque acabo de abrir minha caixa de mensagens e lá estava um novo email com um release. Não, meus contatos já foram excluídos, mas permanecem no mailing da tal pessoa que me mandou o texto. Antes de continuar, é bom esclarecer que o email que cadastraram era o do meu site (Portal do Conteúdo) e não deste blog, o que, então, faria algum sentido.

Por isso, não é à toa que muitos – talvez a maior parte – jornalistas das redações não respondem emails. Essa é uma reclamação recorrente de assessorias. Mas, pudera, como assim? As assessoras que me mandaram os emails com informação de seus clientes não se deram ao trabalho de entrar no meu site para ver que tipo de informação se publicava lá – nenhuma, informo, é um site estático, simples, que mostra o que eu faço e nada além disso.

Sempre vejo, em algumas páginas do Facebook, esse tipo de reclamação de jornalistas se queixando de receber informações que nada tem a ver com sua editoria. Outro dia, uma jornalista que estava deixando o veículo em que trabalhava contou que recebia em média 400 emails por dia. Quando enviou uma mensagem aos muitos assessores com os quais tinha algum relacionamento para informar que estava saindo do jornal, surpreendeu-se ao receber um email com a seguinte pergunta: “Oi, você tem o telefone celular da fulana (que era ela mesma)?”. Outra mensagem, em resposta, continha um outro release – prova que nem se deram ao trabalho de ler a informação dela.

O que concluir disso tudo? O que fazer a partir desta constatação? Responda quem tiver a resposta!